Paulo Laureano Estar vivo é uma condição precária com um péssimo prognóstico...

Adeus Bug Sad

Ontem o Bug deu os últimos miminhos aos donos. Morreu ao fim de meses a resistir a um crancro, ao fim de 13 anos de brincadeiras e alegrias. Era o terceiro membro do nosso agregado familiar e proporcionou a mim e à Marlene mais momentos bons do que aqueles que a minha memória consegue guardar.

A nossa casa ficou incrivelmente vazia e não há palavras que me permitam descrever o enorme desgosto que é para nós não poder ver um “rabo supersónico” a abanar de alegria sempre que chegamos. Foi um companheiro de muitos dias, um poço de ternura para nós, uma pequena alegria de quatro patas que estava sempre à nossa espera.

Não digam nada. Nem a mim, nem à Marlene, que falar nisto custa muito. Aos amigos do Bug desejamos que se lembrem dele a brincar, a pular à vossa volta e a tentar cravar mais uma festinha ou uns minutos de colo. Happy

Adeus Bug Sad

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O que é ser maricas?

Este texto chegou-me por e-mail. Não sei quem são os autores. É absolutamente hilariante...



O QUE É SER "MARICAS"

[1ª EDIÇÃO]

1 - Estar mais de seis minutos na Internet sem ver gajas nuas. E não valem desculpas de que é a pagar e não sei quê, e que não quero dar o número do cartão de crédito.

2 - Pedir meias doses. Se se chama dose, é porque está calculado: é uma dose. Um homem, uma dose. Quem pede meia dose é meio homem. Cozido à portuguesa: é comida de homem. Mas meia dose de cozido... O pior é pedir meia dose de qualquer comida terminada em "inho" ou "inhos": meia dose de bifinhos, meia dose de lulinhas... Comidas que são de homem, para além do cozido: feijoada, mão de vaca, coelho à caçador e todas as partes do porco.Tudo o que tiver porco é de homem.

3 - Chegar aos trinta anos e não ter barriga. É maricas !


[2ª EDIÇÃO]

1 - Comer Calippos. As únicas coisas que um homem pode chupar são patas de sapateira e cabeças de pescada.

2 - Ter gatos. Um gato não passa dum cão maricas - A: Tem guizo; B: Toma banho com a própria língua; e C e última: Um gato nunca se embebeda. Ou seja, um homem que tenha um gato em casa está no fundo a viver uma intensa relação homossexual. O dono dum cão chama-o com dignidade masculina: "Savimbi, anda cá!" E assobia: "Aqui já! ". O dono dum gato chama-o "Bsss-bsss-bsss-bsss-bsss, bichaninho".

3 - Não ir à caça porque não há sítio para cagar. Um homem caga quando e onde lhe apetece. Quem nunca experimentou atingir um pato a zagalote com as calças em baixo não sabe o que é ser homem. O que as mulheres não sabem é que a caça é apenas uma grande desculpa para o homem poder ir para o mato marcar território...


[3ª EDIÇÃO]

1 - Ver o correio todos os dias... É maricas ! Um gajo chega a casa depois de oito horas de trabalho, cansado, cheio de fome e qual é a primeira coisa que faz ? Ver se tem cartinhas no correiozinho... ?! Um homem só abre o correio quando lhe cortarem a água, a luz ou o gás. E que homem é que consegue manobrar uma chave do correio...? Aquilo é feito para dedos de mulher.

2 - Pedir bicas pingadas... É maricas ! Ou bicas escaldadas, ou bicas cheias, ou duplas, ou cariocas, ou mesmo italianas... Bica é bica. A única coisa que se pode acrescentar a uma bica é um bagaço ou um rissol. Mas o pior de tudo são os descafeínados: "Ai, tire-me o café do meu café". É maricas !

3 - Deixar que a nossa namorada nos esprema as borbulhas... É totalmente maricas ! As borbulhas de um homem não são para espremer. Um homem é uma máquina auto-suficiente em termos de saúde e higiene. Os homens só vão ao médico e tomam banho porque as mulheres obrigam.


[4ª EDIÇÃO]

1 - Saber o nome de mais de quatro bolos de pastelaria... Um homem que é homem só sabe o nome da bola de Berlim, do bolo de arroz, do pastel de carne e do croissant. Mas só para poder pedir um croissant com panado de carne. Ver um... "homem"... ... entrar numa pastelaria e dizer: "Olhe, embrulhe-me aí dois garibaldis, uma pirâmide, um éclaire...".... Com plantéis de 24 jogadores e 18 equipas na primeira liga, quem é que ainda tem espaço na memória para decorar nomes de bolos?

2 - Pescar com cana... É maricas! Uma coisa é sair para o mar alto às duas da manhã com doze gajos completamente bêbedos para deitar redes ao mar numa traineira chamada "Barba de Goraz"... Outra é ir aos domingos para a Torre de Belém com uma caninha, umas minhocas e um tupperware com água para guardar os peixinhos. O bom da pesca é irem quinze tipos para alto mar e não se saber quantos é que vão voltar.

3 - Alimentar o cão com comida para cão... É maricas! A comida para cão é uma invenção das multinacionais para enganar maricas. Não há comida para cão. Os cães comem o que cai no chão ou o que desenterram. É que depois de comerem aquelas mixórdias, começam a ficar esquisitos. Deixam de beber água da sanita, já não tocam em nada que esteja podre, e começam a deixar os gatos a meio.


[5ª EDIÇÃO]

1 - Ir à Feira do Livro. É maricas! Para quê gastar trinta ou quarenta contos em livros quando se pode ir à Ovibeja e trazer uma ovelha para casa? Ir à feira é acordar bêbedo às sete e meia da manhã, calçar umas galochas, pôr uma broa debaixo braço e ir à Feira da Cebola ou à Fatacil. Ou, aos sábados de manhã, pegar na carrinha e ala para a Feira de Recauchutados e Rações nas traseiras da Siderurgia Nacional. Feira pressupõe porrada e chouriços e bonés. Não é cá livros do dia e gajos de óculos e sessões de autógrafos.

2 - Conduzir com as duas mãos no volante. É maricas! Então se os "cóbois" conseguem laçar um búfalo com uma mão, porque é que um homem há de precisar das duas para agarrar o volante? O último sítio onde um homem precisa de ter as duas mãos é no volante. O volante só serve para duas coisas: desviar ou buzinar. De resto, a mão direita é para andar livre, para poder mexer na coxa que vai ao lado, sintonizar a rádio no relato de futebol e dar calduços nos miúdos.

3 - Passear cães com trela... Os cães é para andarem soltos. Passear um cão é uma actividade de risco. O giro é não saber nunca se o cão vai voltar a casa, esfacelar um polícia ou ser atropelado por um comboio. Trelas é para miúdos e não há mais conversa.

4 - Gostar de Fado de Coimbra. É maricas! O fado é para ser cantado em tascas por tipos que só conhecem sete letras do abecedário e que julgam que tremoços é marisco. E o fado não é cá para falar de amores de estudante. O fado é para contar histórias com velhas, estropiados, pescadores, prostitutas, sarjetas e vinho tinto.

5 - Combinar encontros com homens à porta de cafés, cinemas ou centros comerciais. "Ai vem ter comigo à porta da pastelaria "Mirita"?! Eu não me encontro com um homem à porta de sítio nenhum. Homem que é homem marca encontros é na estrada para Cabanas, no quilómetro dezasseis junto ao cão morto. Mais nada!


[6ª EDIÇÃO]

1 - Dormir com o cão aos pés da cama. Um cão é para ficar no quintal ou fechado na marquise a ladrar a noite inteira. Os únicos mimos que um homem dá a um cão são ossos e soltá-lo no pombal do vizinho.

2 - Usar calçadeira. A calçadeira é a vaselina dos pés! Se um homem tem problemas em enfiar um pé num sapato à força, é claramente maricas. Os sapatos foram feitos para andar com 120 quilos em cima a arrastarem-se pela calçada em cima do que acabámos de vomitar.

3 - Comer com pauzinhos nos restaurantes chineses. A única coisa delicada que um homem é capaz de segurar nas mãos é uma chave de fendas, e para a torcer. Nunca ninguém viu um carregador de pianos ou algum operário de altos-fornos a comer com pauzinhos!

4 - Usar amaciador para o cabelo. Um homem que se preocupa em ficar bonito tem de ser maricas. "Ai, mas é bom porque o cabelo fica mais fofinho..." ?! Um homem que é homem não quer ter nada no corpo que seja fofinho.

5 - Ter uma carrinha familiar. Ter uma carrinha é um anúncio público de que se é casado e de que se tem filhos. Ora, o único homem que pode querer que isso se saiba é o maricas, para despistar os polícias no parque Eduardo VII.

6 - Usar cigarreira... Ai não, é mais higiénico porque os maços apanham humidade e podem contaminar os cigarros com bactérias. "Bactérias?!". Um gajo anda a descarregar quilos de alcatrão para dentro dos pulmões há dez anos está preocupado com animais que só se vêem ao microscópio?

7 - Pedir descontos... "Ai, não me faz uma atençãozinha?" Mas isto é conversa de homem?

8 - Não ser emigrante e falar francês. O francês é a língua oficial dos maricas e a mais mariquinhas do mundo. Nem uma avó a falar com um recém-nascido usa tantos "nhô nhôs" e "bibidus" como um francês.

emuladores

Nos dias que correm é possível “emular hardware por software”. Isto significa que uma aplicação/jogo que corre nestes “emuladores” verá o “hardware” original, para todos os efeitos está a ser executada “no computador” para a qual foi concebida. Emular o hardware é a opção mais apelativa em muitos casos e a única opção em muitos outros. De repente podemos jogar “Arcades” como o “pacman”, “frogger”, “pang” ou o “Out Run” originais, os mesmos que há anos nos levavam moedas atrás de moedas nos salões de jogos. Reviver o "Commodore Amiga", "ZX Spectrum" ou o "Commodore 64" sem ter de ir ao sotão buscar o hardware... É o fim das cópias “mais ou menos imperfeitas” e a era da “nostalgia com qualidade”.

Que emuladores existem?

Há emuladores de “quase tudo” disponíveis: Spectrum, Commodore (todos os modelos, incluindo o “c64” e o “Amiga&rdquoWinking, Arcades (praticamente todos), Sony playstation (1 e 2), Nintendo (“nes”, “snes”, “n64“, gameboy classic/color/advance), Atari (todos os modelos de consolas e computadores, incluindo o Atari ST e o 800XL), Neo Geo (consola utilizada em muitos “Arcades&rdquoWinking, de PC, Mac, etc.

Existem versões dos emuladores mais populares para quase todas as plataformas. Windows, Macintosh, Unix (Linux e FreeBSD), sendo os sistemas com maior naipe de escolha. Alguns PDA (como os “iPac” e “Psion&rdquoWinking e telefones (9210 da Nokia e P800 da Sony Ericsson) também suportam alguns emuladores.

Muitos dos emuladores estendem as capacidades das plataformas que emulam. O emulador de Nintendo 64 permite correr o “Mário 64” em alta resolução, os emuladores de arcades/amiga/psx/neogeo permitem jogar jogos em rede (na rede local ou via Internet). É caso para dizer que em muitos casos são melhores que as máquinas originais.


A lei e os emuladores...

Os emuladores são, na esmagadora maioria, “legais”. Ler a documentação que os acompanha permite ao utilizador determinar a legalidade de ter este software no seu disco rígido. O Hardware que emulam não está, em muitos casos, protegido por patentes e direitos de autor (a Nintendo e Sony processaram os criadores dos emuladores e perderam) e os emuladores estão disponíveis na Internet e/ou à venda nas lojas de informática.

O software que executam é, em muitos casos, proprietário. Desde as ROMs, sistemas operativos e software. Só quem comprou este software é que pode legalmente executar o mesmo em emuladores. Como alternativa, para muitos dos sistemas emulados há vários programas para que são de distribuição livre, pelo que podem ser livremente copiados. A “pirataria” de software é um factor a ter em conta e muito software, proprietário e consequentemente de distribuição não autorizada pelos respectivos detentores de direitos, está disponível na Internet. Fazer download desse software e ter cópias no disco rígido é ilegal se não se possuir o software/ROM original ou uma licença dos detentores dos direitos de cópia.


MAME: O meu emulador preferido...

O “MAME” (que significa “Multiple Arcade Machine Emulator&rdquoWinking é o primeiro no top das minhas preferências. Suporte mais de 3700 jogos de arcade (incluindo “1941”, “pacman”, “digdug”, “Bubble Bobble”, “Super HangOn”, “After burner”, “bombjack”, “Street Fighter II”, etc, etc, etc). É perfeito. Estende os originais para se jogar bem rede, suporta na perfeição periféricos da máquina (como joysticks, mouses, pistolas, etc) que estejam disponíveis na nossa máquina. No caso de ser executado em ambiente PDA ou Telemóvel o “MAME” utiliza o “stylus” como se de um joystick se tratasse. Enfim. É tudo o que um jogador de arcades pode desejar. Muitos dos jogos de arcade não estão disponíveis e os que existem em versão para PC são (quase sempre) piores que os originais emulados.

Onde fazer os downloads: Página Oficial do MAME ROMs de Arcades (make.dk) ROMs de Arcades (retrogames.com) ROMs de Arcades (metropoliglobal.com)


UAE: O “Commodore Amiga” em grande forma...

O “UAE” (Emulador de Commodore Amiga) é detentor de um merecido segundo lugar na minha tabela de preferências. Emula todos os “Commodore Amiga”, com todos os chipsets (incluindo o o primeiro que saiu no Amiga 1000 e o “AGA” dos Amiga 1200 e 4000), 68000 e e 68020, etc. Em muitos aspectos, e apesar de “virtual”, é o “Amiga” mais versátil alguma vez criado. Bom suporte a TCP-IP e “gráficos retargatable” fazem deste emulador uma jóia. Corre quase todos os jogos e aplicações originais, suporta “discos rígidos” virtuais, até quatro drives de disquetes virtuais, etc. O Amiga “virtual” é uma delícia de se utilizar no PC... tão bom que prefiro a versão emulada a utilizar os meus dois Commodore Amiga (600 e 3000) que mantenho em casa. Muitos dos jogos de Amiga, em particular os jogos de “tirinhos” (“shoot’em ups&rdquoWinking e “plataformas”, são bastante melhores que qualquer equivalente em PC.

Onde fazer os downloads: Página oficial do UAE Página de um Português no sapo com ROMs do kickstart 1.3 e 3.1, bem como o Workbench 3.1 e alguns jogos Software (playagain.net) Software (back2roots.org)


Os emuladores de 8 bits...

Os emuladores de “ZX Spectrum” e “Commodore 64” são a minha terceira escolha. Muitos jogos que existiam para as máquinas de 8 bits nunca foram portados para o Amiga/PC (quem se lembra do “JetPac”, “Psst!”, “Cookie”, etc?) e são muito engraçados. Claro que os gráficos e efeitos de som são os “de há uns anos atrás”, mas a jogabilidade permanece sensacional. A nostalgia também conta e sinto muita quando oiço os primeiros “bips” de um joguinho da “Ultimate” (actual “Rare&rdquoWinking.

As infinitas horas passadas em frente de monitores...

Não é novidade para quem me conheceu pessoalmente que grande parte da minha adolescência foi passada em frente a monitores. O que muitas pessoas não sonham é que resultados foram obtidos ao longo desses anos da minha vida.

Olhando para trás e recordando empresas (da "Commodore" à "Visus") e pessoas (que o tempo esqueceu e mas eu não Happy com quem lidei profissionalmente não posso deixar de sorrir. Foram dias bestiais os que passei a trabalhar com outras pessoas, integrado e a liderar equipas. No entanto foi nos anos que passei sozinho em frente ao computador a fazer jogos que mais intensas memórias encontro. Ao contrário do trabalho para empresas, onde todos os meses tinha um salário à espera e companhia nas apostas, nos riscos e nas ambições, quando se estava sozinho, a apostar que o jogo que estava a fazer iria ser popular meses mais tarde se/quando estivesse concluído, é que dava tudo de mim. Toda a gente, algures no processo de fazer seja o que for por sua conta e risco, passa por situações semelhantes. É duro, complicado e esgotante. No final é profundamente gratificante encontrar "obra feita"...

A minha "infância informática" foi passada com o Sinclair ZX81, depois o Sinclair ZX Spectrum e mais tarde o Commodore 64. Da passagem pelas três maquina de 8 bits recordo ter aprendido a programar em Basic e a entender vagamente Assembly. Pelo caminho ficaram mil pequenas obras; de jogos básicos tipo "enforcado" a pequenas placares de pontuações de jogos tipo "King". Que me recorde nada saiu da privacidade das minha cassetes (diskettes de 5¼ no caso do Commodore 64 Happy e impressões térmicas disponíveis na altura. Depois chegou o salto para um Commodore Amiga 500 e respectivo modem (um longshine 2400 bps) e começou o "Rock´n´roll" de lidar com utilizadores do software que escrevia e da BBS que coloquei em linha nessa altura...

A BAT BBS nasceu em 1990 e morreu em 1995. Durante esses 5 anos serviu como ponto de distribuição de software para o Commodore Amiga, local de suporte a todo o software que eu e o Álvaro Pinto (meu co-SysOp) escrevemos e distribuímos pelo mundo, etc. Membro de pleno direito da Fidonet (que era a maior rede mundial amadora de correio electrónico, numa altura em que a Internet estava praticamente restrita ao meio universitário, e que coordenei a nível nacional durante alguns anos), a BBS abrigou perto de 300 utilizadores que a ela recorriam para participarem nos fóruns de debate e obter software para os seus computadores. Ser "SysOp" (i.e. SYStem OPerator) da BAT BBS e o contacto com outros "SysOp" foram experiências inesquecíveis. Foi uma era de pioneiros e descobertas sucessivas; do que se podia fazer "on-line" a nível de jogos multi-utilizador, do que eram comunidades de pessoas separadas milhares de km e unidas pelo correio electrónico, da acessibilidade de software e respectivos autores, etc.

O primeiro jogo que fiz e foi distribuído pelo mundo foi o Total War. O jogo foi feito para o Commodore Amiga em AMOS (um Basic moderno, que representava naquele tempo sensivelmente o mesmo que hoje o Visual Basic, que aproveitava exemplarmente bem o hardware do Amiga). Os gráficos do jogo foram desenhados pelo Francisco Cordeiro. Foi lançado em Shareware em 1992 e programado por mim durante o ano de 1991. O sucesso foi na altura a todos os níveis apreciável e o convite para trabalhar para a Commodore no suporte a programadores do Amiga surgiu uns meses depois... Na edição 33 da Amiga Format (que era a revista de maior tiragem dedicada ao Commodore Amiga), em Abril de 1992, fizeram o "review" do Total War e o que se podia ler era:

" This is one of those great games. The board-game version (Risk) will be familiar to many readers, but the basic idea is this. The playing area is the world, about the time of the Napoleonic Wars. Up to six people can play at once. The game starts with the planet being randomly partitioned, with armies of the occupying player being put on them.

The object of the game is to either conquer a certain number of countries (playing for missions) or the whole world. You get a certain number of reinforcements each turn (more if you own a whole continent or two). You can gain extra arrnies by playing cards - when you conquer one country, you get a card. Trade in three cards for more armies - the number you get depends on the combination.

This version is a straight port over of the board-game, and the computer will play if less than six people are around. lt's quite easy to work out how to play (the mouse is used almost exclusively). Winning is more elusive - you can be on top of the world one minute, only to be vanquished the next.

The game was written with AMOS, by Paulo Laureano. Graphics by Waddingtons (competently copied by Francisco Cordeiro). lf you liked the board-game you will love this one. I know I do. "

Durante perto de 1 ano o Total War esteve anunciado pelas múltiplas casas que distribuíam software Public Domain e Shareware um pouco por todo o mundo. Chegou a milhares de utilizadores e rendeu uns quantos registos de $10 dólares (alguns em cheques de bancos de vários países europeus que nunca consegui levantar Happy, muitas cartas, muitas solicitações para mudar "N" detalhes e acrescentar outros tantos. Foi encorajador para quem só queria provar a ele próprio que conseguia programar um jogo complexo sozinho...

O Total War II (1993) não era mais que o mesmo jogo com as opções que os utilizadores tinham pedido, melhores gráficos, melhor inteligência para os adversários controlados pelo computador, etc. A distribuição não teve nem de perto o mesmo impacto que no primeiro jogo. As causas são simples; nos Estados Unidos da América uma companhia interessou-se pela comercialização do jogo o que obrigou a que a versão lançada na Europa fosse "castrada" de features (i.e. apenas um "demo", por oposição a versão "integral" do Total War v1.9) de forma a afectar o menos possível as vendas do outro lado do Atlântico. Tanto o numero de registos/vendas como o impacto em termos de reconhecimento publico foi bastante menor que no primeiro jogo. O Total War II não só levou ao extremo o conceito de jogo do "risco" com múltiplas variantes como a minha paciência para o jogar e, quando dei por mim, já não achava piada ao jogo que eu próprio escrevia. O resultado foi simples; coloquei um "ponto final" na serie. Só não digo "ponto final paragrafo" porque confesso que tenho alguma vontade de fazer uma versão para PC do Total War e que se tudo correr bem haverá um dia uma, sem qualquer intuito comercial e lançada em Public Domain... até porque tenho algumas saudades de o jogar... Happy

Para BBS´s espalhados pelo mundo escrevi (desta vez em C/C++) mais três jogos e alguns utilitários. Universal Wars, Xenolink Chess e Trial foram os jogos. Escrevi para a Visus BBS (exclusivo) uma door de registo on-line de novos utilizadores, outra de pagamentos de assinaturas através de cartões de crédito, outra de deposito de "bytes" e "tempo" entre chamadas (i.e. havia limites do tempo e bytes que se podiam puxar por chamada e a door permitia acumular ambos entre chamadas Happy e provavelmente mais algumas que já nem me lembro o que faziam... :-/

O Universal Wars (versões para o Commodore Amiga e PC) que teve alguma popularidade a nível global com vendas no Estados Unidos e Austrália a ultrapassarem as Europeias (dado a que achei piada na altura Happy. Entre os "SysOp" que me recordo em Portugal correrem a versão registada do jogo estavam nomes como o Mario Pozzetti (o meu primeiro cliente de jogos on-line!) da Skyship BBS, Jose Peixoto da Quark BBS, Michael Santos da Crocodile Zone BBS, Victor Hugo da Cats, Fausto Carvalho da Midi-thru BBS, Afonso Vicente da Intriga Internacional BBS, etc. O Universal Wars era um jogo de estratégia espacial para múltiplos jogadores (2 no mínimo e 15 no máximo) onde o objectivo era dominar uma galáxia com um numero variável de planetas. Os jogadores controlavam a gestão dos planetas e frotas espaciais, digladiando-se pelo domínio do universo...

O Xenolink Chess (só existia versão para o Commodore Amiga) era um jogo de Xadrez on-line para a Xenolink (nome do software de BBS que eu utilizava). Era freeware e foi distribuido a todos os "SysOp" interessados...

O Trial (no que toca a "jogo on-line" existiu apenas uma versão para PC ) foi escrito em exclusivo para a Visus BBS onde trabalhava na altura (havia fechado a BAT BBS para ser SysOp profissional da maior BBS Portuguesa que era a Visus...) e era um "jogo da bisca" (sim, o jogo de cartas!) em que os utilizadores da BBS competiam pela melhor pontuação em jogos contra o computador. Uma tabela de "resultados" mantinha a competição acesa. A determinada altura a Trial era o terceiro jogo mais popular da Visus, logo a seguir à Death e Esterian Conquest. Mais tarde escrevi uma versão para o Commodore Amiga para a Marlene (the lady of the house Happy jogar; já que a rapariga é "viciada" em jogos de cartas e eu tinha ainda um Commodore Amiga em casa...

Desde que fui trabalhar para a Esoterica que ando a ganhar coragem para programar jogos, para serem jogados na Internet... olhando para o meu passado não é difícil adivinhar o que sucederá um dia! Por lá já escrevi sistemas de alarme que enviam pagers aos técnicos de serviço se alguma maquina ou serviço deixarem de funcionar (i.e. testam maquinas e serviços e enviam relatórios aos técnicos), gateways de e-mail para fax/pagers/SMS e detectores de SPAM... tantas aplicações e nenhum jogo???? Não pode durar...